Capítulo 17
1133palavras
Quando estou indo para a minha sala de aula, ouço a voz da Clara a vice diretora.
— Tessa? — Paro e fico aguardando ela vim até mim. — A diretora Emma quer saber se você já se decidiu?
— Ainda não.
— Por que não Tessa? Você merece esse prêmio, tenho certeza que vai ser a vencedora.
— Não sei não Clara.
— Eu não tenho dúvidas.
— Fala que no final do dia dou a minha resposta.
— Está bem.
Entro na minha sala dando bom dia aos meus alunos. Logo depois começo a dar a minha aula.
Durante o intervalo peço para a Juni anotar o meu endereço em um papel.
— Não acredito que você vai sair com o gato do Ethan. — Diz animada.
— Confesso que fiquei bem surpresa com o convite dele.
— Tessa, e o outro que você estava saindo? A minha mãe falou que você está a saindo com o Ralf, o novo chefe da máfia. — Fala baixinho.
— Sim. Você sabe que esse tipo de homem não se contenta em ter uma mulher só.
— Ele já lhe deu um pé na bunda! Dane-se, o Ethan é muito mais gato que ele.
— Como o Ethan é?
— Ele é alto forte tem a pele morena, olhos castanhos, cabelos pretos encaracolados, o nariz dele é um pouco grande, mas isso não interfere na beleza de Deus grego dele, e ele tem uma boca linda.
— Ele parece ser um Deus grego mesmo com essa sua descrição.
— Ele é amiga.
Conversamos mais um pouco, depois com o fim do intervalo volto para sala de aula.
No final do dia vou até a sala da Emma a diretora.
— Posso entrar?
— Claro que sim Tessa.
Ela vem até mim e me ajuda a sentar.
— Eu já tomei a minha decisão sobre participar ou não do concurso.
— Ótimo, e qual é a sua decisão?
— Eu decidi que vou participar sim.
— Que alegria Tessa! Fico muito feliz com essa decisão, você merece nos representar, tenho certeza que esse prêmio já é seu.
— Eu agradeço pela confiança senhorita Emma.
Conversamos um pouco sobre o concurso, que será daqui a dois meses, tem bastante tempo ainda de espera, mas as inscrições vão se encerrar amanhã. Após conversar com a Emma, eu vou falar com o Ethan.
— Ethan?
— Pensei tinha me dado um bolo.
— Desculpa eu estava na sala da Emma, achei que a nossa conversa ia ser mais rápida.
— Sem problemas.
— Aqui está o meu endereço. — Estendo a minha mão com o papel onde está escrito o meu endereço.
— Nos vemos a noite então. — Diz firme segurando a minha mão, pegando o papel.
— Até a noite.
— Qual o horário posso passar para lhe pegar?
— Pode ser as oito da noite.
— Combinado.
Após falar isso sou surpreendida por um beijo dele, no meu rosto, dou um sobressalto por não estar esperando.
— Perdão eu não devia ter feito isso. — Diz envergonhado.
— Ta tudo bem, eu só não estava esperando.
— Da próxima vez eu aviso.
— Está bem. Até mais tarde Ethan.
— Até mais tarde Tessa.
Sigo a andar na direção do ponto de ônibus, quando ouço a voz do Frédéric.
— Senhorita Tessa?
— Pode ir Frédéric, eu vou de ônibus.
— Por favor vem comigo?
— Não. — Falo firme.
— Senhorita por favor? Se o senhor Ralf descobrir que eu não a levei em casa, estou ferrado. — Paro ao ouvir a sua última frase.
— Perdão Frédéric? Estou sendo egoísta. Eu vou com você.
— Não precisa se desculpar senhorita. — Ele me da o seu braço para eu segurar, seguimos até o carro.
Meia hora depois...
— Obrigado Frédéric.
— De nada senhorita. Tenha uma boa noite!
Entro em casa... Um tempo depois a Juni aparece e me ajuda a produzir-me para o meu encontro com o Ethan.
— Amiga você está linda.
— Espero que sim. A maquiagem não tá muito forte?
— Não.
— Esse vestido não está muito vulgar não?
— Você está linda Tessa. E esse vestido está ótimo, não tem nada vulgar.
— Obrigada amiga. Que horas são?
— De nada amiga. São sete horas em ponto, ele está atrasado. Eu já vou, boa sorte no seu encontro. — Ela me da um beijo no rosto.
— Obrigada.
Ouço a porta ser aberta e ser fechada em seguida. Me sento no sofá e fico esperando o Ethan chegar, estou supernervosa, as minhas mãos estão até suando. Ouço uma batida na porta, e em seguida ela se abre, não me movo de onde estou, penso ser o Ethan, mas sinto aquele perfume inconfundível.
Ralf Campbell
Estou voltando da empresa e decido passar numa loja e comprar um celular para a Tessa, paro o meu carro na frente da loja, desço e entro. A atendente fica toda feliz com a minha compra, faço o pagamento a vista, compro um iPhone do modelo mais recente, ela vai ganhar uma bela comissão. Volto para casa, e vou tomar um banho.
Quando a noite chega, vou até a casa da Tessa. Paro o meu carro próximo a sua rua, desço e vou andando até a casa dela, ao chegar perto, vejo um carro parar do outro lado da rua, e dele sai o porteiro da escola onde a Tessa trabalha. Ando rapidamente até ele.
— Que porra você ta fazendo aqui!— Encosto ele no carro.
— Eu vou levar a Tessa para sair.
— Não vai não.
— Claro que vou. Me solta cara!
— Eu já falei que não seu filho da puta! — Seguro ele pelo pescoço.
— Me solta! — Pede assustado.
— Não mexe com a minha mulher, seu merda! A Tessa é minha. Você entendeu? — Solto ele com força.
— A Tessa não é uma das suas mercadorias para ser sua. — Olho para ele cheio de ódio, saco a minha arma da cintura e aponto na sua direção. — Não por favor? — Diz com as mãos para cima.
— Vaza daqui seu merda!
Ele entra no carro e sai apressado. Guardo a minha arma de volta na cintura rindo desse covarde. Aproximo da casa da Tessa, dou uma batida na porta e entro sem dizer uma palavra. Ela está sentada no sofá da sala, toda produzida para aquele maldito.
